A hora de comprar um novo computador é um verdadeiro dilema pra muita gente. Pensando nisso, A Wnews preparou um tutorial com 10 dicas para você comprar a sua máquina nova. Confira!
Montar ou comprar pronto?
Alguns optam por montar o computador porque acham (erroneamente) que ele sairá mais barato. Outros, mais conscientes, o fazem para ter controle total sobre a qualidade de cada pecinha – o resultado compensa. Mas a maioria das pessoas acaba mesmo comprando o micro pronto, ou de um grande integrador com marca famosa, ou de uma lojinha ou estande de shopping de informática.
Seja qual for o seu caso, escolher os componentes mais adequados às suas necessidades e que permitirão que seu micro novo o acompanhe por mais tempo é fundamental. Em muitos casos, a melhor opção pode ser partir de um computador “pronto”, “de marca” – de preferência beneficiado pelos incentivos fiscais do Governo – e dar uma incrementada nele, por conta própria o com a ajuda de um técnico.
Escolha seu time do coração
Intel ou AMD? O processador deve ser uma das primeiras decisões de quem vai comprar um computador novo, pois dela depende a escolha de outros componentes, como a placa-mãe e a memória. E, atualmente, é uma discussão quase religiosa: não perca tempo tentando convencer os fãs de uma marca de que a outra é melhor – corre o risco de você ganhar um inimigo.
Se você é ateu, saiba que hoje (meados de 2006) a AMD está dando as cartas no segmento de alto desempenho com seus Athlon 64 e X2, superiores aos rivais Pentium 4 e Pentium D, mas espera-se que a Intel vire o jogo nos próximos meses, com os processadores Core Solo e Duo da geração apelidada de Conroe. No segmento popular, o Sempron, da AMD, costuma ser mais poderoso que o Celeron, da Intel, mas para ter um PC de primeira a recomendação é fugir dos dois.
A placa que é uma mãe
Ela é a base de todo o seu sistema e incorpora cada vez mais funções que antigamente dependiam de componentes dedicados. Naturalmente, a placa-mãe precisa ser compatível com o processador: procurando por modelos com o mesmo soquete do chip escolhido para a sua máquina – 478 e LGA 775, no caso dos processadores Intel, e 754 ou 939, para AMD – e verifique nas especificações se o se chip é suportado.
Este também é o momento de evitar tecnologias decadentes, como o AGP para placas de vídeo e o IDE para discos rígidos – escolha uma placa-mãe com suporte a PCI Express e Serial ATA (SATA), mesmo que você não pretenda usar estes recursos de imediato. E saiba que “on-board” não é mais palavrão: placas que incorporam som e rede já são padrão. As com vídeo integrado não servem para jogos, mas dão conta de aplicações de escritório e Iternet com tranqüilidade.
Memória de elefante
Se o processador não for um Intel de última geração e pedir a nova DDR2, que a AMD ainda está para adotar, sua memória RAM provavelmente será do padrão DDR. A dica, então, é comprar marcas conhecidas, como Kingston, Corsair e OCZ, e o máximo que der. Ter 1 GB de memória já está virando lugar comum, com 2 GB representando uma opção melhor para games ou aplicações gráficas. Mais que isso é besteira.
A maioria dos sistemas atuais pode trabalhar com memórias aos pares, operando em modo Dual-Channel para aumentar a velocidade de transferência de dados. Para isso, é necessário comprar os módulos de memória aos pares – do mesmo modelo e lote de produção. Dois de 512 MB para ter 1 GB, 4 de 512MB (se a placa-mãe tiver quatro slots) ou dois de 1 GB para chegar aos 2 GB. Evite os módulos de 256MB, que limitam a expansão e têm pouco valor de revenda quando você decidir fazer um upgrade.
Espaço de sobra
O disco rígido – HD, para os íntimos – é onde o computador armazena seus arquivos e programas. O preço por gigabyte caiu tanto que sugerimos pensar logo acima dos 100 GB – partindo para os 200 GB se você tem muitas músicas, vídeos ou fotos digitais. Os de padrão IDE ainda são os mais comuns, mas se a placa-mãe permitir, é melhor pagar um pouquinho mais por um Serial ATA (SATA), que é para onde vai a tecnologia.
É importante saber, também, que capacidade não é tudo na escolha do HD – eles também influenciam na velocidade do computador. Por conta disso, nada de comprar discos de 5400 RPM – o melhor é exigir um de 7.200 RPM, bem mais rápido, ou os raríssimos modelos de 10.000 RPM, se estiver sobrando dinheiro. Fique de olho também no tamanho do cache, a memória interna que o HD usa para acelerar a transferência de dados – procure modelos com 8 ou 16 MB.
Vídeo dedicado é para jogos
A escolha da placa de vídeo só é realmente importante para quem pretende usar o computador para games – do contrário, o vídeo on-board dá conta do recado. Para os gamers, porém, trata-se do componente mais importante (e caro) do sistema.
A escolha começa pelo duelo ATI vs. nVidia e os modelos são tantos e mudam tão rápido que não dá para fazer recomendações muito específicas. Saiba, apenas, que os jogos atuais já pedem 128 MB de memória e o recurso Hardware Texture & Lighting (HT&L) e que, freqüentemente, o modelo “top” de uma geração é muito melhor que o básico da série seguinte – cuidado para não ser enganado pelos números. Ah, e o padrão deve ser o que a placa-mãe suporta – AGP ou PCI Express.
Drives de mídia removível não têm mistérios
Hoje em dia já se pode abrir mão do drive de disquetes sem medo, mas na hora de escolher a unidade ótica – aquela dos CDs e DVDs – não faz sentido economizar. Com os preços atuais, um gravador de DVDs de dupla camada (double layer) custa tão pouco a mais que um reles leitor de CDs que o melhor é partir logo para o equipamento mais completo, capaz de atender a todas as suas necessidades de leitura e gravação.
Se você é fã de fotografia digital ou costuma usar aparelhos portáteis com cartões de memória removíveis, pode ser interessante equipar o computador com um leitor para eles. Algumas placas-mãe trazem leitores tudo-em-um como bônus, mas também é possível comprá-los separadamente, seja como acessório externo, seja como módulo para instalação no painel frontal do micro.
Muito mais que um corpinho bonito
Se o espaço na mesa não for um problema, o gabinete que abrigará seu computador deve ser amplo, para facilitar a montagem e o fluxo de ar, e funcional – encaixes para ventoinhas, bandeja para placa-mãe e gaiolas removíveis para os HDs e tampa lateral presa por parafusos “thumbscrew”, que dispensam ferramentas, são algumas coisas que garantem conforto na montagem e manutenção.
Conectores USB e de áudio frontais, desde que a placa-mãe tenha onde ligá-los, também ajudam bastante. Se puder ser bonito e tiver uma janela de acrílico na lateral para todos admirarem sua obra de arte, melhor, mas isso é o de menos. Para os mais abonados, investir em um gabinete de alumínio, bem mais leve e imune a corrosão, pode ser uma boa idéia.
Fonte de energia – e de problemas
Aquela caixinha que muitas vezes vem junto com o gabinete e à qual a maioria das pessoas não dá atenção é mais importante do que se imagina. É dali que sai a energia para todo o computador – uma fonte de má qualidade pode provocar instabilidade e até a queima de componentes, o que sairá mais caro do que comprar logo um modelo decente, que lhe dará tranquilidade por vários anos.
Recomenda-se escolher uma fonte com boa potência, na casa dos 400W, para suportar discos adicionais e placas de vídeo esbanjadoras, e pesquisar a reputação da marca antes de comprar. Algumas simplesmente divulgam uma potência muito mais alta do que a real ou são tão vagabundas que se queimam em menos de um ano e podem levar outros componentes junto. Avaliar o peso e a qualidade do acabamento também ajuda.
Cabeça fria é fundamental
A temperatura dos PCs ganhou tanta atenção nos últimos tempos que os aficionados já deram até para apelar à refrigeração líquida – os chamados watercoolers – para esfriar seus computadores. Não precisamos chegar a tanto, mas um cooler (composto pelo dissipador de calor e uma ventoinha) de boa qualidade devidamente instalado no processador, com pasta térmica ou um elastômero para garantir a boa transferência de calor, é essencial para a estabilidade da máquina.
A ventilação interna do gabinete é outro ponto crucial. O ar precisa entrar pela parte de baixo, se possível com a ajuda de uma ventoinha frontal protegida por um filtro de ar, e sair pelo alto, geralmente sugado por uma ou duas ventoinhas da fonte de alimentação. Mais ventiladores jogando ar pra dentro, em baixo, e para fora, em cima, podem ajudar, mas não exagere para não deixar o computador barulhento como um 747. Mais importante é organizar bem os cabos internos para que não atrapalhem a circulação.
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